26 de dezembro de 2005

Findiano, cagadas e férias

Ah, findiano... Tempo de se empanturrar de peru e muita comilança, reunir a família...

- Peraê! Isso é o Natal! Ô, Fejones! Acorda pra vida!

Ah, sim, certo! Findiano... Tempo de parar p/ pensar em todas as cagadas que fizemos durante os mais de trezentos dias que se passaram...

- Mais de trezentos dias... É tempo pra caramba, não? Bem que a gente podia parar p/ pensar nas cagadas no fim de cada semana, em vez de no fim do ano... Não concordam?

NÃO???

- Tudo, bem, tudo bem... É verdade! E perder o fim-de-semana pensando? Daí, não se tem cagada suficiente pra pensar no final...

Poderíamos parar p/ pensar nas cagadas todo fim-de-mês! Que tal?

- Ah, é verdade... Tem tanta gente que faz isso... Nem por isso, essa gente deixa de fazer as cagadas...

E quem disse que o fato de se pensar nas cagadas tem alguma coisa a ver com deixar de fazê-las???

Mas, mais importante que a época de pensar nas cagadas que passaram e vislumbrar novas cagadas para o ano-que-está-por-vir, findiano é época de férias!!!

Eu, J.F. de Souza, não estou de férias! Ao menos, continuo na labuta-em-prol-do-pão-de-cada-dia... Mas, aproveitando que os povos foram viajar nesse findiano, vou dar umas merecidas férias a este blog! Afinal, alguém aqui precisa de umas férias... Deixo ao meu amigo Fallen Angel a decisão de manter esse blog ativo ou não durante as 2 primeiras semanas de janeiro - ou até eu não agüentar mais ficar longe...

Deixo, também, a indicação de um blog que eu lia bastante enquanto o mesmo estava na ativa... E, ao que me parece, o mesmo voltou à plena atividade!

Acessem: http://darkanathema.blogger.com.br/

Um excelente ano-que-vem pra todos os amigos!!! Fui!!!

21 de dezembro de 2005

Índole?

Por que sentimos prazer quando os outros sofrem? Por que, quando alguém que nos magoou algum dia na vida sofre, damos aquele sorrisinho (às vezes até sem perceber, mesmo que seja só de canto de boca)? Às vezes até cutucamos a ferida.

É da natureza humana destruir o mais fraco ou ajudá-lo? Não me questiono casos isolados, mas sim a raça humana como um todo. O quanto somos diferentes dos outros seres que habitam o planeta? Para eles, destruir o mais fraco é a lei.


Já pararam pra pensar?

15 de dezembro de 2005

Sobre as pontes

As pontes que idealizei
deveriam me permitir
sair daqui
As pontes que projetei
não me levam muito além
dos muros que me cercam
Muito menos além
do alcance das asas dos pássaros
As pontes que construí
não estão firmes
e nunca foram terminadas
Não levam a lugar algum
A não ser para o abismo
O mesmo abismo
Novas beiras
para o mesmo abismo
São como trampolins
Trampolins
Quis erguer pontes
Não consegui
E o que tenho são trampolins
Faltou mão-de-obra qualificada
Faltou material
Faltou planejamento adequado
Faltaram parcerias com a iniciativa privada
Faltaram argumentos convincentes para avalizar o projeto
Faltou, também, um pouco de sorte
Além de certo tino
Mas ainda não falta
o sonho
Uma coisa que nunca faltou
e nunca vai faltar
é o sonho
O sonho de me poder
locomover
até outros mundos
E, através dessas pontes
conseguirei
Essas pontes
serão parte
desses mundos
e, principalmente,
parte de mim
Vou continuar
a levantar
minhas pontes
Vou continuar
a buscar
o que me falta
E vou voltar a levantá-las
E as percorrerei todas elas
Em busca do que mais me faltar
E, ainda que não acabem aonde quero,
Elas hão de me fazer chegar
em algum lugar...

10 de dezembro de 2005

Sussurros sobre o cetim suado

Sinto seu sussurro sobre seus escusos seios,
Sem saber sobre sua sina...
Senhora, se sinta sossegada
sobre seus anseios:
Sem sofrer, sente-se sobre sua saia sedosa,
sempre em sua simplicidade excitante...

Sua sinuosa silhueta cintilante se sobrepõe
a suas antecessoras.
Sua sinopse assemelha-se a seus sussurros.

Sussurremos...

Sussurremos sobre sexo selvagem,
sem saber sobre a esperança sonolenta,
essa senhorita assaz
sedutora, sufocante e simplória.

Sempre sutis, suas cínicas sócias assombram
os sonhos, sugam sentidos sem cerimônias
e sujam as essências inocentes...
Sim, são suas semelhantes.

Sabe, sempre sonhei em... Esqueça.

O lençol suado se assemelha a seu semblante...
Só mistérios escorrendo sem respostas,
sempre à espreita, sensualmente silábicos
e simultaneamente sem expressão.

6 de dezembro de 2005

Folhas de uma árvore

As coisas vão
Assim, simplesmente...
As coisas vão
Apenas vão!
Em vão
Se vão
Folhas de uma árvore
Vão
ao sabor do vento,
por um momento
voam...
Vão
lentamente
planando pelo ar
Até chegar
ao chão
Em vão
Se vão
É assim
que as coisas vão...