25 de abril de 2006

Perdido

Esse escrito, eu encontrei perdido entre meus arquivos-texto-rascunho lá em casa... Sem título, nem nada... Perdido! Como não tenho conseguido elaborar escritos novos, coloco este!
(Na verdade, não sei por que não o publiquei antes... Tá bacana, esse...)
Apreciem!




Perdido no tempo
Perdido na vida
Perdido no mundo
Perdido em cada um
Perdi a Verdade
Me perdi de verdade
Em várias verdades
Em vários mundos
Em várias vidas
Em vários tempos
Vários fragmentos
da Verdade
Perdidos

9 de abril de 2006

Conforme a Música

Temos que dançar
ao som dos tambores da morte
porque estamos à mercê da sorte
sem ter para onde escapar...

Se quem impõe o ritmo é a vida,
é sem se importar se somos fortes.
Mas sempre vem a vontade de diferentes acordes
e queremos dançar ao som de uma outra batida...

"Acordes? Acorde! Ilusão...
Não existe esta tal batida!
Cada um segue sua vida
tomando a melhor decisão."

A maioria prefere acreditar nesta frase
ou se apoiar na religião e nos dogmas dela,
mas alguns se jogam pela janela
porque não estão sobre nenhuma base.

Só nos resta então esperar pelo dia do Juízo Final
pois, na verdade, não importam nossas ações.
Morreremos todos, tendo aproveitado ou sofrido privações,
e independente de termos feito o Bem ou o Mal.

4 de abril de 2006

Contos loucos - Diálogo sobre a fuga do jardim e das idéias - A caverna e os dragões

- Caverna?!?!?! Dragões?!?!?! Meu... Que absurdo!!!
- Absurdo?!?!?! Afinal, você tá duvidando de mim??? É isso???
- Estou duvidando de você, sim!!! Essa história de 'dragões na caverna' é fruto da tua mente doentia, isso sim!
- Como?!?!?
- É isso aê! Você só pode estar louco!
- (E agora eu é que sou o louco da história... Vê se pode, uma coisa dessas...) Pois olhe! Aí, bem à sua frente...
- ???
- Eis a caverna!
- [Aaaaaaaaaaaaaah!!!] O que é isso, meu Deus?!?!?!?!
- A caverna, oras! Já não te disse?
- De onde surgiu isso?!?!?!?!
- Como assim, 'de onde surgiu'?!?!?!
- Eu não me lembro dessa caverna aqui... E eu não me esqueceria de um cenário tão macabro, tão medonho... Essa entrada... Mais pacere uma horrível bocarra querendo engolir a tudo e a todos... E... [Urgh!] Que mau-hálito da porra sai dessa bocarra!!! Eu não esqueceria de algo assim...
- Mas foi você quem a construiu, homem...
- Quê?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?
- Pois foi você, sim! Você mesmo a cavou, aproveitando a cavidade nessa montanha! Você mesmo construiu essa entrada medonha! Foi você!
- Mas isso é loucura!!!
- Acalme-se amigo... Tente se lembrar...
- [...]
- No dia em que terminou de abrir a caverna, até chegou a me dizer que, nesta caverna, ficariam todos os seres malditos que ousassem pisar esta terra tua, caríssimo amigo... Lembra?
- Hum...
- Consegue se lembrar?
- Oh... Estou tão confuso...
- Acalme-se!
- [...]
- [???]
- Sim!!! Eu me lembro!!!
- [!!!] Beleza!
- Disse que aquela aparência medonha serviria para deixar bem nítido o objetivo da construção deste lugar: todos os seres repugnantes, nocivos e perversos que ousassem perturbar a paz de meus jardins seriam aprisionados ali, sim!!!
- Que bom que você lembrou, meu caro amigo...
- Mas... Espere!
- [???]
- Essa entrada deveria estar selada!!!
- É... Você lembrou...
- Quem abriu a entrada da caverna?!?!?!

(continua...)