18 de fevereiro de 2008

Amazona

Amazona
Verdadeira guerreira
Corpo e personalidade
fortes
Forjada
à base
de muita porrada
que essa vida sofrida lhe deu
Sobreviveu
até aqui
não se sabe como
E eu nem sei bem o porquê

Amazona
Verdadeira guerreira
Deu sua alma de presente
pro primeiro diabo
que roubou teu coração
Descobriu, assim,
a fonte de toda a dor
Lutou
pra ter de volta
sua alma
e seu coração destroçado

Amazona
Verdadeira guerreira
Quando descobriu
que era a alma o teu pesar
já sabia o que fazer
Vendeu-a
E vendeu caro
Pro diabo mais trouxa e endinheirado que encontrou
Já não queria sentir mais dor
E não mais sentia
Nada

Amazona
Verdadeira guerreira
Luta
E já mais não foge
Já não tem medo
E, ainda assim,
vive
pra lutar mais outros dias
Sem se importar se vai morrer
dia desses

Amazona
Verdadeira guerreira
Insiste em viver
só pelo desafio da vida

15 de fevereiro de 2008

E se,
nesses
momentos
de
descontração,
distração,
divertimento...

Um sentimento
me traísse
e me ferisse
o coração?

E se
você
visse,
ouvisse os
absurdos
que eu disse
outrora,
estando
não
são?

E então?
Qual seria
a tua
reação?

E se
você
partisse,
como disse
que faria,
sem o meu
consentimento?

O que eu faria?
Ouviria,
nessa hora,
meu próprio
lamento
de solidão?

E se
déssemos
um jeito
de alentar
a dor
nesse
nosso
peito?

Esqueceríamos
toda
essa
traição?

E se
vivêssemos
apenas
de ilusão?

Seria ruim?
Seria bão?
O que seria?

E se
fosse
tudo
verdade
essa patifaria
que vejo
na televisão?

Estaria
eu
são?

Esses
tempos
de
crise...

Seriam
algum tipo
de
transição?

E se
isso,
na verdade,
fosse
tudo
uma
maldição?

Esse
mundo
em
que
vivemos,
afinal...

Existiria
toda
essa
vida
em vão?

Estarìamos
nós
próximos
do
final?

Mas
nós
não
somos
a união
do
Bem
e
do
Mal?

Que tal
se
fôssemos
como se deve
ir...

Partindo
do
começo
e sem pensar
na conclusão?

Acreditando
que
é
pra sempre...

Até que
tudo
se
acabe
Bem ou Mal...

Loucos
ou não,
estamos
aqui...

Salvos
e
sãos.

6 de fevereiro de 2008

Divagações sobre a saudade

Você não deve pensar na parte meio vazia do copo, mas na meio cheia! Aproveite o que se apresenta a você, desfrute do que você tem hoje!

Assim me disse uma mulher depois de me questionar o porquê do meu desânimo, ao qual respondi que não se tratava de desânimo, mas de saudade.

E o fato de eu sentir saudade não significa que não estou desfrutando do que a vida me oferece no momento, do agora, do que tenho.

Não é mesmo?

Não é?

Não?

Será que todo ser que sente saudade só a sente porque não tem nada melhor pra fazer nessa vida no momento, no agora, no hoje?

Será que todo ser que aproveita a vida, o momento como se apresenta, o que se tem hoje... Será que todo ser que vive o hoje não sente saudade de nada?

A resposta pode até ser óbvia. Mas não se apresenta clara pra mim, dessa vez...

E, por mais que eu esteja aproveitando a vida como penso que posso, não deixo de sentir saudades, às vezes...

Principalmente nos momentos em que não estou fazendo nada.