18 de novembro de 2005

Desconstrução

No espelho não me reconheço.
Aquele ali não sou eu.
Nem bem vejo o começo,
aquela imagem se perdeu.

Me esvazio em mim mesmo
quando vejo aquela imagem.
Prefiro vagar, andando a esmo
contemplando a paisagem.

O que os outros vêem em mim
é só a casca, o externo.
Sei e provo que não sou assim,

ou não sei nada e vivo no inferno.
Vivo e sou, mas logo chega ao fim.
Ninguém sabe nada, nada é eterno.



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Gostaria de agradecer os comentários e dizer que não os respondo por falta de tempo. Não é má vontade, muitos deles são até interessantes.

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