Eis que outro ano começa.
Eis que o tempo segue - não, ele não volta.
Eis que a memória permanece - ou, ao menos, resquícios dela.
Eis que a esperança se renova...
E isso eu não sei explicar.
Talvez porque não saibamos ao certo o que esperar, o que será desse novo ano...
Justamente por ser novo.
Justamente por ser tempo que não passou.
Justamente por não repousar nas memórias.
Por ser mais imaginação... Por ser mais invenção de nossas cabeças...
Por ser história. História prestes a ser escrita.
Na história de nossas vidas, um novo capítulo começa. Capítulo 2011.
Que venha para enriquecer nossa história. Que nos renda novas histórias felizes.
Feliz 2011 a todos!
Mostrando postagens com marcador algo mais prosaico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador algo mais prosaico. Mostrar todas as postagens
4 de janeiro de 2011
6 de fevereiro de 2008
Divagações sobre a saudade
Você não deve pensar na parte meio vazia do copo, mas na meio cheia! Aproveite o que se apresenta a você, desfrute do que você tem hoje!
Assim me disse uma mulher depois de me questionar o porquê do meu desânimo, ao qual respondi que não se tratava de desânimo, mas de saudade.
E o fato de eu sentir saudade não significa que não estou desfrutando do que a vida me oferece no momento, do agora, do que tenho.
Não é mesmo?
Não é?
Não?
Será que todo ser que sente saudade só a sente porque não tem nada melhor pra fazer nessa vida no momento, no agora, no hoje?
Será que todo ser que aproveita a vida, o momento como se apresenta, o que se tem hoje... Será que todo ser que vive o hoje não sente saudade de nada?
A resposta pode até ser óbvia. Mas não se apresenta clara pra mim, dessa vez...
E, por mais que eu esteja aproveitando a vida como penso que posso, não deixo de sentir saudades, às vezes...
Principalmente nos momentos em que não estou fazendo nada.
Assim me disse uma mulher depois de me questionar o porquê do meu desânimo, ao qual respondi que não se tratava de desânimo, mas de saudade.
E o fato de eu sentir saudade não significa que não estou desfrutando do que a vida me oferece no momento, do agora, do que tenho.
Não é mesmo?
Não é?
Não?
Será que todo ser que sente saudade só a sente porque não tem nada melhor pra fazer nessa vida no momento, no agora, no hoje?
Será que todo ser que aproveita a vida, o momento como se apresenta, o que se tem hoje... Será que todo ser que vive o hoje não sente saudade de nada?
A resposta pode até ser óbvia. Mas não se apresenta clara pra mim, dessa vez...
E, por mais que eu esteja aproveitando a vida como penso que posso, não deixo de sentir saudades, às vezes...
Principalmente nos momentos em que não estou fazendo nada.
21 de setembro de 2007
Lo-batt
** Só pra esclarecer: a referência ao "crack", nesse caso, é mera casualidade. Não fumo e nunca fumei essa porra! E ainda que nunca pareça, estava plenamente lúcido quando escrevi este!
Apreciem!
Droga! Cortaram a luz! E agora? Eu havia deixado meu celular e meu coração pra carregar... Droga!
A bateria do celular carregou até a metade. Mas o coração... Droga!
Eu sabia! Eu devia ter lembrado de pôr o coração pra carregar logo que cheguei em casa, aos prantos... Sabia que ele consumia mais energia, precisaria de uma carga maior... A luz interior tava bem fraca... E, qudndo a dita fica fraca, o coração dói... Ele sempre pede muita energia...
Mas não! O burrão aqui tinha que carregar o celular! Afinal, eu tava esperando uma ligação faz tanto tempo... Já se vão três recargas esperando...
Imaginei que, se ela me ligasse, a energia do coração viria, minh'alma se encheria de alegria, e isso bastaria...
Mas... Que nada... Ela não liga...
Eu não podia mais esperar... Meu coração não agüentaria...
Então, pus o coração pra carregar junto com o celular. E, enquanto deixava a carregar coração e celular, aproveitei pra cuidar um pouco do cérebro. Comecei a ler, e percebi que nem todas as informações eu conseguia processar...
Depois eu viria a pensar que isso podia ser por causa do coração com pouca força... Mas já seria tarde...
Ouvi sobre uma paradinha na internet, um "crack", que fazia com que o cérebro processasse maior número de informações, de forma mais otimizada e tal... Baixei o tal programinha. Decidi executá-lo.
Li em alguns lugares que esse programinha, quando executado, precisava ser processado até o fim, e se algo o interrompesse, poderia comprometer o sistema original ao ponto de torná-lo inutilizável! Isso me dava um medo... Mas um camarada meu havia rodado esse negócio aí, e não teve problema nenhum... Decidi arriscar.
Droga! Péssima idéia! Cortaram a luz! Bem no meio do processo! Danificou todo o cérebro!
Por que diabos a luz foi cortada justamente agora? Será que foi por eu ter ligado juntos celular, coração e cérebro? E eu lá ia saber que eu não dá pra usar o coração e o cérebro ao mesmo tempo?
Bom... Deu pra carregar meia bateria do celular... Se nesse meio tempo ela ligar...
Apreciem!
Droga! Cortaram a luz! E agora? Eu havia deixado meu celular e meu coração pra carregar... Droga!
A bateria do celular carregou até a metade. Mas o coração... Droga!
Eu sabia! Eu devia ter lembrado de pôr o coração pra carregar logo que cheguei em casa, aos prantos... Sabia que ele consumia mais energia, precisaria de uma carga maior... A luz interior tava bem fraca... E, qudndo a dita fica fraca, o coração dói... Ele sempre pede muita energia...
Mas não! O burrão aqui tinha que carregar o celular! Afinal, eu tava esperando uma ligação faz tanto tempo... Já se vão três recargas esperando...
Imaginei que, se ela me ligasse, a energia do coração viria, minh'alma se encheria de alegria, e isso bastaria...
Mas... Que nada... Ela não liga...
Eu não podia mais esperar... Meu coração não agüentaria...
Então, pus o coração pra carregar junto com o celular. E, enquanto deixava a carregar coração e celular, aproveitei pra cuidar um pouco do cérebro. Comecei a ler, e percebi que nem todas as informações eu conseguia processar...
Depois eu viria a pensar que isso podia ser por causa do coração com pouca força... Mas já seria tarde...
Ouvi sobre uma paradinha na internet, um "crack", que fazia com que o cérebro processasse maior número de informações, de forma mais otimizada e tal... Baixei o tal programinha. Decidi executá-lo.
Li em alguns lugares que esse programinha, quando executado, precisava ser processado até o fim, e se algo o interrompesse, poderia comprometer o sistema original ao ponto de torná-lo inutilizável! Isso me dava um medo... Mas um camarada meu havia rodado esse negócio aí, e não teve problema nenhum... Decidi arriscar.
Droga! Péssima idéia! Cortaram a luz! Bem no meio do processo! Danificou todo o cérebro!
Por que diabos a luz foi cortada justamente agora? Será que foi por eu ter ligado juntos celular, coração e cérebro? E eu lá ia saber que eu não dá pra usar o coração e o cérebro ao mesmo tempo?
Bom... Deu pra carregar meia bateria do celular... Se nesse meio tempo ela ligar...
12 de junho de 2006
A verdadeira escolha
Antes de escolher, pense bem...
Ah! Quer saber? Nem pense: apenas escolha! Pensar, de nada vai adiantar! É pura perda de tempo!
Afinal, essas escolhas efêmeras, com as quais podemos nos dar ao luxo de perder tempo pensando, pensando... Essas escolhas pouco importam! No final, o que nos resta depois de cada escolha é desfrutar das conseqüências --ou sofrê-las! Essa é a nossa verdadeira escolha!
(E, convenhamos, essa não nos exige pensar...)
Ah! Quer saber? Nem pense: apenas escolha! Pensar, de nada vai adiantar! É pura perda de tempo!
Afinal, essas escolhas efêmeras, com as quais podemos nos dar ao luxo de perder tempo pensando, pensando... Essas escolhas pouco importam! No final, o que nos resta depois de cada escolha é desfrutar das conseqüências --ou sofrê-las! Essa é a nossa verdadeira escolha!
(E, convenhamos, essa não nos exige pensar...)
4 de abril de 2006
Contos loucos - Diálogo sobre a fuga do jardim e das idéias - A caverna e os dragões
- Caverna?!?!?! Dragões?!?!?! Meu... Que absurdo!!!
- Absurdo?!?!?! Afinal, você tá duvidando de mim??? É isso???
- Estou duvidando de você, sim!!! Essa história de 'dragões na caverna' é fruto da tua mente doentia, isso sim!
- Como?!?!?
- É isso aê! Você só pode estar louco!
- (E agora eu é que sou o louco da história... Vê se pode, uma coisa dessas...) Pois olhe! Aí, bem à sua frente...
- ???
- Eis a caverna!
- [Aaaaaaaaaaaaaah!!!] O que é isso, meu Deus?!?!?!?!
- A caverna, oras! Já não te disse?
- De onde surgiu isso?!?!?!?!
- Como assim, 'de onde surgiu'?!?!?!
- Eu não me lembro dessa caverna aqui... E eu não me esqueceria de um cenário tão macabro, tão medonho... Essa entrada... Mais pacere uma horrível bocarra querendo engolir a tudo e a todos... E... [Urgh!] Que mau-hálito da porra sai dessa bocarra!!! Eu não esqueceria de algo assim...
- Mas foi você quem a construiu, homem...
- Quê?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?
- Pois foi você, sim! Você mesmo a cavou, aproveitando a cavidade nessa montanha! Você mesmo construiu essa entrada medonha! Foi você!
- Mas isso é loucura!!!
- Acalme-se amigo... Tente se lembrar...
- [...]
- No dia em que terminou de abrir a caverna, até chegou a me dizer que, nesta caverna, ficariam todos os seres malditos que ousassem pisar esta terra tua, caríssimo amigo... Lembra?
- Hum...
- Consegue se lembrar?
- Oh... Estou tão confuso...
- Acalme-se!
- [...]
- [???]
- Sim!!! Eu me lembro!!!
- [!!!] Beleza!
- Disse que aquela aparência medonha serviria para deixar bem nítido o objetivo da construção deste lugar: todos os seres repugnantes, nocivos e perversos que ousassem perturbar a paz de meus jardins seriam aprisionados ali, sim!!!
- Que bom que você lembrou, meu caro amigo...
- Mas... Espere!
- [???]
- Essa entrada deveria estar selada!!!
- É... Você lembrou...
- Quem abriu a entrada da caverna?!?!?!
- Absurdo?!?!?! Afinal, você tá duvidando de mim??? É isso???
- Estou duvidando de você, sim!!! Essa história de 'dragões na caverna' é fruto da tua mente doentia, isso sim!
- Como?!?!?
- É isso aê! Você só pode estar louco!
- (E agora eu é que sou o louco da história... Vê se pode, uma coisa dessas...) Pois olhe! Aí, bem à sua frente...
- ???
- Eis a caverna!
- [Aaaaaaaaaaaaaah!!!] O que é isso, meu Deus?!?!?!?!
- A caverna, oras! Já não te disse?
- De onde surgiu isso?!?!?!?!
- Como assim, 'de onde surgiu'?!?!?!
- Eu não me lembro dessa caverna aqui... E eu não me esqueceria de um cenário tão macabro, tão medonho... Essa entrada... Mais pacere uma horrível bocarra querendo engolir a tudo e a todos... E... [Urgh!] Que mau-hálito da porra sai dessa bocarra!!! Eu não esqueceria de algo assim...
- Mas foi você quem a construiu, homem...
- Quê?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?
- Pois foi você, sim! Você mesmo a cavou, aproveitando a cavidade nessa montanha! Você mesmo construiu essa entrada medonha! Foi você!
- Mas isso é loucura!!!
- Acalme-se amigo... Tente se lembrar...
- [...]
- No dia em que terminou de abrir a caverna, até chegou a me dizer que, nesta caverna, ficariam todos os seres malditos que ousassem pisar esta terra tua, caríssimo amigo... Lembra?
- Hum...
- Consegue se lembrar?
- Oh... Estou tão confuso...
- Acalme-se!
- [...]
- [???]
- Sim!!! Eu me lembro!!!
- [!!!] Beleza!
- Disse que aquela aparência medonha serviria para deixar bem nítido o objetivo da construção deste lugar: todos os seres repugnantes, nocivos e perversos que ousassem perturbar a paz de meus jardins seriam aprisionados ali, sim!!!
- Que bom que você lembrou, meu caro amigo...
- Mas... Espere!
- [???]
- Essa entrada deveria estar selada!!!
- É... Você lembrou...
- Quem abriu a entrada da caverna?!?!?!
(continua...)
21 de março de 2006
Contos loucos - Diálogo sobre a fuga do jardim e das idéias - Intro
Esse outro escrito é algo como uma versão reescrita do anterior. Digamos que ele foi baseado no escrito anterior... E em alguns feedbacks... (Valeu, Roby!)
- Para onde foram as minhas idéias? Elas cismam em fugir de mim quando me aproximo delas... Fugiram! E, dessa vez, levaram o jardim consigo!
- E como isso pode acontecer? As borboletas levando o jardim? Loucura!
- É, eu sei, caro amigo... Mas levaram! O jardim sumiu! As borboletas o levaram! Levaram tudo! Tudo! [Chuinf...]
- Ora, meu caro, caríssimo amigo... As borboletas só seguem o perfume das flores... Pense nisso!
- Hum...
- ...
- A não ser que...
- ???
- Sim!
- ?!?!?!
- Não!
- !?!?!?
- Oh, merda! O jardim fugiu com elas!
- [Tsc, tsc, tsc...] Oras! Mas essa idéia é mais absurda que a primeira!
- O jardim fugiu de mim!!! [Buáááááááááááááá...] E levou as borboletas consigo!!! [Buááááááááááááá...]
- Calma, meu caro amigo...
- Mas... E o meu jardim?
- Pare e pense! O jardim não fugiu! Foi você quem mudou o seu jardim de lugar!
- Eeeeeeeeeeeeeeeu??? Essa idéia, sim, é absurda!!! Como é que eeeeeeeeeeeeeeeu poderia ter mudado o jardim de lugar e não saber onde está???
- Pois foi você quem mudou o jardim de lugar, sim! E foi você quem espantou suas próprias idéias!
- Oras...
- Acalme-se, meu caro amigo! Saiba: as idéias não nos fogem; nós é que as expulsamos! Consciente ou inconscientemente! (Mas aí, só dr. Freud explica...)
- Mas... E o jardim? E as borboletas?
- É que você tá olhando pra cima, pro céu, procurando as borbotetas ainda! O jardim tá bem aí, debaixo dos teus pés!
- Caramba!!! Tô pisoteando todo o jardim!!!
- Tá vendo? Basta olhar pra direção certa.
- Mas... E as borboletas???
- As borboletas se espalharam! E só voltarão quando sentirem que nada lhes acontecerá de mal neste lugar!
- !
- Mate os dragões que as dissipam!
- Dragões?!?!?!?! Onde?!?!?!?!
- Ali, na caverna...
- Para onde foram as minhas idéias? Elas cismam em fugir de mim quando me aproximo delas... Fugiram! E, dessa vez, levaram o jardim consigo!
- E como isso pode acontecer? As borboletas levando o jardim? Loucura!
- É, eu sei, caro amigo... Mas levaram! O jardim sumiu! As borboletas o levaram! Levaram tudo! Tudo! [Chuinf...]
- Ora, meu caro, caríssimo amigo... As borboletas só seguem o perfume das flores... Pense nisso!
- Hum...
- ...
- A não ser que...
- ???
- Sim!
- ?!?!?!
- Não!
- !?!?!?
- Oh, merda! O jardim fugiu com elas!
- [Tsc, tsc, tsc...] Oras! Mas essa idéia é mais absurda que a primeira!
- O jardim fugiu de mim!!! [Buáááááááááááááá...] E levou as borboletas consigo!!! [Buááááááááááááá...]
- Calma, meu caro amigo...
- Mas... E o meu jardim?
- Pare e pense! O jardim não fugiu! Foi você quem mudou o seu jardim de lugar!
- Eeeeeeeeeeeeeeeu??? Essa idéia, sim, é absurda!!! Como é que eeeeeeeeeeeeeeeu poderia ter mudado o jardim de lugar e não saber onde está???
- Pois foi você quem mudou o jardim de lugar, sim! E foi você quem espantou suas próprias idéias!
- Oras...
- Acalme-se, meu caro amigo! Saiba: as idéias não nos fogem; nós é que as expulsamos! Consciente ou inconscientemente! (Mas aí, só dr. Freud explica...)
- Mas... E o jardim? E as borboletas?
- É que você tá olhando pra cima, pro céu, procurando as borbotetas ainda! O jardim tá bem aí, debaixo dos teus pés!
- Caramba!!! Tô pisoteando todo o jardim!!!
- Tá vendo? Basta olhar pra direção certa.
- Mas... E as borboletas???
- As borboletas se espalharam! E só voltarão quando sentirem que nada lhes acontecerá de mal neste lugar!
- !
- Mate os dragões que as dissipam!
- Dragões?!?!?!?! Onde?!?!?!?!
- Ali, na caverna...
(continua...)
26 de dezembro de 2005
Findiano, cagadas e férias
Ah, findiano... Tempo de se empanturrar de peru e muita comilança, reunir a família...
- Peraê! Isso é o Natal! Ô, Fejones! Acorda pra vida!
Ah, sim, certo! Findiano... Tempo de parar p/ pensar em todas as cagadas que fizemos durante os mais de trezentos dias que se passaram...
- Mais de trezentos dias... É tempo pra caramba, não? Bem que a gente podia parar p/ pensar nas cagadas no fim de cada semana, em vez de no fim do ano... Não concordam?
NÃO???
- Tudo, bem, tudo bem... É verdade! E perder o fim-de-semana pensando? Daí, não se tem cagada suficiente pra pensar no final...
Poderíamos parar p/ pensar nas cagadas todo fim-de-mês! Que tal?
- Ah, é verdade... Tem tanta gente que faz isso... Nem por isso, essa gente deixa de fazer as cagadas...
E quem disse que o fato de se pensar nas cagadas tem alguma coisa a ver com deixar de fazê-las???
Mas, mais importante que a época de pensar nas cagadas que passaram e vislumbrar novas cagadas para o ano-que-está-por-vir, findiano é época de férias!!!
Eu, J.F. de Souza, não estou de férias! Ao menos, continuo na labuta-em-prol-do-pão-de-cada-dia... Mas, aproveitando que os povos foram viajar nesse findiano, vou dar umas merecidas férias a este blog! Afinal, alguém aqui precisa de umas férias... Deixo ao meu amigo Fallen Angel a decisão de manter esse blog ativo ou não durante as 2 primeiras semanas de janeiro - ou até eu não agüentar mais ficar longe...
Deixo, também, a indicação de um blog que eu lia bastante enquanto o mesmo estava na ativa... E, ao que me parece, o mesmo voltou à plena atividade!
Acessem: http://darkanathema.blogger.com.br/
Um excelente ano-que-vem pra todos os amigos!!! Fui!!!
- Peraê! Isso é o Natal! Ô, Fejones! Acorda pra vida!
Ah, sim, certo! Findiano... Tempo de parar p/ pensar em todas as cagadas que fizemos durante os mais de trezentos dias que se passaram...
- Mais de trezentos dias... É tempo pra caramba, não? Bem que a gente podia parar p/ pensar nas cagadas no fim de cada semana, em vez de no fim do ano... Não concordam?
NÃO???
- Tudo, bem, tudo bem... É verdade! E perder o fim-de-semana pensando? Daí, não se tem cagada suficiente pra pensar no final...
Poderíamos parar p/ pensar nas cagadas todo fim-de-mês! Que tal?
- Ah, é verdade... Tem tanta gente que faz isso... Nem por isso, essa gente deixa de fazer as cagadas...
E quem disse que o fato de se pensar nas cagadas tem alguma coisa a ver com deixar de fazê-las???
Mas, mais importante que a época de pensar nas cagadas que passaram e vislumbrar novas cagadas para o ano-que-está-por-vir, findiano é época de férias!!!
Eu, J.F. de Souza, não estou de férias! Ao menos, continuo na labuta-em-prol-do-pão-de-cada-dia... Mas, aproveitando que os povos foram viajar nesse findiano, vou dar umas merecidas férias a este blog! Afinal, alguém aqui precisa de umas férias... Deixo ao meu amigo Fallen Angel a decisão de manter esse blog ativo ou não durante as 2 primeiras semanas de janeiro - ou até eu não agüentar mais ficar longe...
Deixo, também, a indicação de um blog que eu lia bastante enquanto o mesmo estava na ativa... E, ao que me parece, o mesmo voltou à plena atividade!
Acessem: http://darkanathema.blogger.com.br/
Um excelente ano-que-vem pra todos os amigos!!! Fui!!!
21 de dezembro de 2005
Índole?
Por que sentimos prazer quando os outros sofrem? Por que, quando alguém que nos magoou algum dia na vida sofre, damos aquele sorrisinho (às vezes até sem perceber, mesmo que seja só de canto de boca)? Às vezes até cutucamos a ferida.
É da natureza humana destruir o mais fraco ou ajudá-lo? Não me questiono casos isolados, mas sim a raça humana como um todo. O quanto somos diferentes dos outros seres que habitam o planeta? Para eles, destruir o mais fraco é a lei.
Já pararam pra pensar?
É da natureza humana destruir o mais fraco ou ajudá-lo? Não me questiono casos isolados, mas sim a raça humana como um todo. O quanto somos diferentes dos outros seres que habitam o planeta? Para eles, destruir o mais fraco é a lei.
Já pararam pra pensar?
5 de outubro de 2005
Rio disso tudo
à margem
dos acontecimentos...
De que lado você está?
Na margem direita ou esquerda?
viver à margem
desse rio
de gente
que não é capaz de entender
nada?
Vem curtir um rafting!
Vem descer no ritmo da correnteza, se deixar levar...
Mas se segura, que é pra não cair no rio!
Isso é que é vida! Quem é que gosta de ficar parado feito bobo, à margem? Não entendo essa gente...
Gosto de desafios!
Gosto de nadar contra a correnteza,
que é pra ver quem pode mais...
Se eu não puder com ela, vou pra margem...
Só pra recuperar o fôlego...
Meu negócio é pescar! Nada melhor pra relaxar do estresse do dia-a-dia do que pescar...
Sempre vou eu com minha vara, pra margem do rio... Coloco a isca no anzol... Jogo a bendita no rio... E ali fico! Fico ali por hoooooooooras! Até pescar algum...
Gosto demais disso: ficar sentado à margem, relaxar, contemplando os peixes no rio... Esperando o primeiro idiota a morder a minha isca! Sim, idiota! Me divirto em ver como são idiotas, os peixes no rio...Tem sempre um que morde a isca, que cai na armadilha...
Peixe morre pela boca!
Há um rio cruzando a cidade. E, nas margens desse rio, em vários pontos, haviam abrigos. Abrigos de natureza precária, abrigando pessoas de vida mais precária ainda. Ficavam ali, pois não tinha outro lugar mais fácil.
Vivam bem até, por ali, aquela gente... O problema maior era quando chovia forte... Em dias de chuva muito intensa, o rio transbordava, e praticamente destruia vários desses abrigos. Alguns resistiam, e seus moradores logo tratavam de limpar a sujeira proveniente do rio poluído que transordara e contabilizar os pertences perdidos.
Num belo dia, porém, a prefeitura daquela cidade decide retirar aquela gente da margem do rio. Então, eles foram convidados a montarem seus assentamentos em uma região um tanto mais afastada. Convidados, sim, sob ameaça de ficarem sem abrigo. Aqueles seriam derrubados, pois estavam em propriedade pública. Aproveitando o gancho dos problemas enfrentados por eles com as chuvas intensas, alegavam que eles estariam mais seguros ali.
Feito isso, a prefeitura tratou de mandar plantar belas flores e grama verde importada nas margens do rio, já desocupadas. Quem passava pelas marginais nem acreditava. Agora era uma coisa agradável de se olhar, a margem do rio. Chamava a atenção tanta beleza. Toda essa beleza só durou até a próxima chuva intensa. O rio transbordou novamente e a sujeira proveniente da poluição cobriu toda a margem.
Deram muita atenção aos que estavam à margem, por um instante. Mas o rio continua poluído. E aquelas pessoas continuam à margem.
disso
tudo
eu
rio
20 de setembro de 2005
E, no meio da batalha...
- Estamos em quantos?
- 2!
- Dois!? Mas devíamos ser só um...
- Pois é, mas parece que somos três... Tá vendo aquele grandão ali? Então, só quer guerrear!
- Mas que saco! Vamos tentar selar um pacto ou qualquer coisa, pois quando vencermos este alter ego, teremos que batalhar entre nós, para descobrir quem, ou qual ego é o mais forte e capaz de controlar este corpo.
- Pois é, concordo! É uma batalha inútil e desnecessária, por mais razões que se dê a ela. Devíamos caminhar juntos!
- Mas... E se tropeçarmos?
- Não se preocupe, tropeçaremos juntos!
É, Frog... Valeu, cara!
- 2!
- Dois!? Mas devíamos ser só um...
- Pois é, mas parece que somos três... Tá vendo aquele grandão ali? Então, só quer guerrear!
- Mas que saco! Vamos tentar selar um pacto ou qualquer coisa, pois quando vencermos este alter ego, teremos que batalhar entre nós, para descobrir quem, ou qual ego é o mais forte e capaz de controlar este corpo.
- Pois é, concordo! É uma batalha inútil e desnecessária, por mais razões que se dê a ela. Devíamos caminhar juntos!
- Mas... E se tropeçarmos?
- Não se preocupe, tropeçaremos juntos!
É, Frog... Valeu, cara!
22 de agosto de 2005
Êta vida de cão...
Cena inusitada! Situação única! No último fim-de-semana, eu e um grupo de amigos decidimos armar uma pizzada em Sorocaba, terra tão querida por nós. Divertido? Sem dúvida! Acho que nem o fato de termos esperado uma hora até todos chegarem... Tá bom! Tá bom! Essa parte foi fueda! Esperar é sempre fueda! Mas, mesmo assim, foi show-de-bola! Juntamos uma galera que há muito não se via reunida! Muita comida, altas risadas... E o fato inusitado do dia, que ficou por conta de um dos nossos distintos amigos. Em meio à conversa-fiada, bordas de pizza e porções de frango intactas, o referido indivíduo saca uma sacolinha de plástico e - sim! - começa a ensacar as porções de frango e as bordas de pizza que estavam ali, quietas, inofensivas. Isso, com certeza, lhe rendeu a atenção de todos os presentes em nossa mesa. (Não me pergunte quanto a dos presentes nas mesas adjacentes! O que lhes fazem pensar que eu tive a coragem de me atentar pra esse detalhe?) Só sei que a conversa parou na hora... E, então, este distinto amigo nosso, ao ver que todos estão estupefatos diante dele, diz:
"Pra quê o espanto? É pro meu cachorro! Que foi? Alguém ia comer?"
Vocês vão me desculpar, mas eu não agüentei de rir!
O mais legal foi quando eu comentei o fato com minha mãe, no dia seguinte, e ela me disse que tem uma colega-de-trabalho dela que já me deu uma dessas numa churrascaria! Vê se pode... Melhor que minha refeição de hoje! (Coxinha no almoço é fueda...)
Alguém aí mora em apartamento? Já teve a oportunidade de pegar elevador com um dobermann? Eu também não! Quando me deparei com o bicho no elevador, preferi descer pela escada.
Preconceituoso? Talvez...
Apesar de não me dispôr a dividir um espaço de um metro quadrado com um dobermann, o fiz com um pinscher uma vez. (É assim que se escreve?) Ô, cachorro invocado. Não parou de ladrar um só minuto! E ainda tentou me morder! Vê se pode...
Ah! Alguém aí se dispõe a acolher um fox paulistinha? Tem um na casa da minha mãe...
Agora, fueda mesmo é ir comprar papel higiênico no local mais próximo de sua residência e ver que a única marca disponível possui uma peculiaridade: além de trazer a foto de um labrador na embalagem, há cachorros desenhados no papel!
Agora, imaginem com que cara eu fui até o apartamento... Como eu iria encarar o dobermann no elevador? Iria pela escada. De novo. Imagine se o bendito me vê com um papel higiênico com cachorrinhos desenhados... E o pinscher? (Repito que não sei se é assim que se escreve!) Ficaria ainda mais revoltado comigo! E com razão!
Por sorte, o elevador estava livre. Então, era só chegar no apê e beleza!
- Aê, Fejão! Comprou o papel higiênico?
- Opa! Tá aí!
- Pô, Fejão! Papel higiênico de cachorrinho?
"Pra quê o espanto? É pro meu cachorro! Que foi? Alguém ia comer?"
Vocês vão me desculpar, mas eu não agüentei de rir!
O mais legal foi quando eu comentei o fato com minha mãe, no dia seguinte, e ela me disse que tem uma colega-de-trabalho dela que já me deu uma dessas numa churrascaria! Vê se pode... Melhor que minha refeição de hoje! (Coxinha no almoço é fueda...)
###
Alguém aí mora em apartamento? Já teve a oportunidade de pegar elevador com um dobermann? Eu também não! Quando me deparei com o bicho no elevador, preferi descer pela escada.
Preconceituoso? Talvez...
Apesar de não me dispôr a dividir um espaço de um metro quadrado com um dobermann, o fiz com um pinscher uma vez. (É assim que se escreve?) Ô, cachorro invocado. Não parou de ladrar um só minuto! E ainda tentou me morder! Vê se pode...
###
Ah! Alguém aí se dispõe a acolher um fox paulistinha? Tem um na casa da minha mãe...
###
Agora, fueda mesmo é ir comprar papel higiênico no local mais próximo de sua residência e ver que a única marca disponível possui uma peculiaridade: além de trazer a foto de um labrador na embalagem, há cachorros desenhados no papel!
Agora, imaginem com que cara eu fui até o apartamento... Como eu iria encarar o dobermann no elevador? Iria pela escada. De novo. Imagine se o bendito me vê com um papel higiênico com cachorrinhos desenhados... E o pinscher? (Repito que não sei se é assim que se escreve!) Ficaria ainda mais revoltado comigo! E com razão!
Por sorte, o elevador estava livre. Então, era só chegar no apê e beleza!
- Aê, Fejão! Comprou o papel higiênico?
- Opa! Tá aí!
- Pô, Fejão! Papel higiênico de cachorrinho?
25 de julho de 2005
Preciso de ajuda
Preciso de ajuda! É sério! Preciso de ajuda, pois estou louco! Estou? Não sei! Preciso de ajuda pra saber isso! Se estou louco ou não! Caramba, isso é loucura! Preciso de ajuda pra saber que estou louco! Preciso de ajuda, ao menos, pra me convencer de que não estou louco! Ou, então, que minha loucura não é uma coisa ruim! Mas não tô conseguindo sozinho... Preciso de ajuda! Preciso? Não sei! Preciso de ajuda até pra saber isso! Preciso saber? Não sei! Afinal, eu preciso de alguma coisa? Sim! Mas, de que eu preciso? Peraê!!! Eu preciso de ajuda, porra! E como eu sei? Ora, eu preciso de alguma coisa! Mas, nem sei o quê... E é por isso que eu preciso de ajuda! Pra quê? Não importa! Apenas preciso de ajuda! Por favor! Alguém! Me ajude! Preciso de ajuda! Preciso de ajuda!
19 de abril de 2005
Sem título 2
Nessa vida, devemos ser práticos! Passei minha vida pensando em todas as coisas que me circundam e existem no Mundo, em busca de um maior entendimento da vida, da existência humana e da interrelação de todas elas - se é que existe. E, com base nessas observações e indagações, formulei minhas diretivas, as regras que norteiam meu ser. Uma dessas diretivas é a conclusão de que "nessa vida, devemos ser práticos".
- E quem foi que disse isso?
Nessa vida, devemos ser práticos! Assim, temos mais agilidade! Assim, perdemos menos tempo! E não podemos perder tempo! Temos que ser ágeis! Temos que ser rápidos! Temos que ser práticos!
- E quem foi que disse isso?
Eu, por diversas vezes, me dei mal nessa vida por ser lento demais... Perdi diversas oportunidades por ser lento demais... Sinto que perdi... Me sinto um perdedor por ser lento demais... Vejo que os mais ágeis, os mais rápidos, os que conduziram suas vidas de forma prática... Vejo que esses estão muito à minha frente... Estão melhoers que eu...
- Insisto! E quem foi que disse isso? Pare pra pensar! Quem foi que pôs isso na sua cabeça???
Nesses últimos dias, essa indagação me bateu na cabeça... Pra que correr? Por que temos tantos prazos? Pra que tanta agilidade? Por que tanta ganância pelo Tempo? Quem disse que isso é importante? E quem disse que as pessoas que correm tanto pra cumprir prazos, que se preocupam tanto em fazer tudo no menor tempo - pra ter mais tempo... Quem disse que essas pessoas aproveitam o tempo que ganham?
Eu sempre dizia que, às vezes, a gente tem que parar, que é pra sentir o baque... É bom parar pra contemplar tudo o que não conseguimos ver porque estamos na correria... Mas não dá pra parar e prestar atenção nessas coisas...
- E quem foi que disse isso??? (Lá vamos nós de novo...)
Eu não sei quem inventou isso de que temos de correr, de que não podemos parar, de que temos que fazer no menor tempo... eu só sei que todos correm, e dizem que não podem parar e buscam fazer sempre as coisas no menor tempo possível...
A verdade é que corremos e nem sabemos por quê... Até ontem, eu não sabia, pelo menos... Mas de que importa saber disso? Todos correm... E não param... E se eu parar... Eu fico pra trás... E todos estarão lá na frente... E eu... Sozinho... Fico pra trás...
Ei, esperem por mim!!! Não corram tão depressa...
- E quem foi que disse isso??? (Eu sou chato, não?)
- E quem foi que disse isso?
Nessa vida, devemos ser práticos! Assim, temos mais agilidade! Assim, perdemos menos tempo! E não podemos perder tempo! Temos que ser ágeis! Temos que ser rápidos! Temos que ser práticos!
- E quem foi que disse isso?
Eu, por diversas vezes, me dei mal nessa vida por ser lento demais... Perdi diversas oportunidades por ser lento demais... Sinto que perdi... Me sinto um perdedor por ser lento demais... Vejo que os mais ágeis, os mais rápidos, os que conduziram suas vidas de forma prática... Vejo que esses estão muito à minha frente... Estão melhoers que eu...
- Insisto! E quem foi que disse isso? Pare pra pensar! Quem foi que pôs isso na sua cabeça???
Nesses últimos dias, essa indagação me bateu na cabeça... Pra que correr? Por que temos tantos prazos? Pra que tanta agilidade? Por que tanta ganância pelo Tempo? Quem disse que isso é importante? E quem disse que as pessoas que correm tanto pra cumprir prazos, que se preocupam tanto em fazer tudo no menor tempo - pra ter mais tempo... Quem disse que essas pessoas aproveitam o tempo que ganham?
Eu sempre dizia que, às vezes, a gente tem que parar, que é pra sentir o baque... É bom parar pra contemplar tudo o que não conseguimos ver porque estamos na correria... Mas não dá pra parar e prestar atenção nessas coisas...
- E quem foi que disse isso??? (Lá vamos nós de novo...)
Eu não sei quem inventou isso de que temos de correr, de que não podemos parar, de que temos que fazer no menor tempo... eu só sei que todos correm, e dizem que não podem parar e buscam fazer sempre as coisas no menor tempo possível...
A verdade é que corremos e nem sabemos por quê... Até ontem, eu não sabia, pelo menos... Mas de que importa saber disso? Todos correm... E não param... E se eu parar... Eu fico pra trás... E todos estarão lá na frente... E eu... Sozinho... Fico pra trás...
Ei, esperem por mim!!! Não corram tão depressa...
- E quem foi que disse isso??? (Eu sou chato, não?)
31 de janeiro de 2005
Herança
Dando os devidos créditos ao mr Fallen Angel... Valew!
:-)
Meu pai estava certo. Por muito tempo achei aquilo errado, exagerado, parcial demais.
"Esse é o mundo real..."
Estas palavras nunca saíram da minha cabeça. Há vinte anos elas ecoam em mim e corroem minhas idéias e meus atos. Mas no fim de tudo meu pai estava certo. Tentei ignorar o que ele me disse aquele dia depois do desenho animado. Quando cresci e entendi o que ele me disse, tentei esquecer aquele mundo que ele me descreveu. Impossível, não se pode fechar os olhos para a verdade. Ontem o corpo dele foi encontrado perto de uma casa em uma cidade do interior. A casa era dele.
Hoje de manhã eu e minha mãe fomos lá. Nos deram a chave, levaram o corpo para autópsia e foram embora. Minha mãe quis ver o corpo, mas não o tiraram de dentro do saco preto. Nem disseram nada. Já estava em decomposição.
Minha mãe, que sempre foi fria e nunca demonstrou muitas emoções, abriu a porta tremendo, mas mesmo assim não chorou. Uma casa arrumada, mobiliada e mais luxuosa do que a casa em que sempre moramos. Livros que nunca imaginei que meu pai leria, uma cama de casal maior do que a que havia em casa. Eu sempre quis uma casa de campo...
Meu pai estava certo. Depois eu percebi. Eu discordava, mas não há fuga.
"A sua felicidade é a desgraça de outro."
Seu lugar no time de futebol é o choro do outro garoto. O seu emprego é a fome do cara engraçado de topete que te ajudou antes da entrevista pra esse emprego. O aborto que sua namorada fez é o filho que alguém poderia cuidar.
Meu pai acertou em tudo. Eu o admirava.
Ele tinha duas vidas, duas famílias. É aquela vagabunda chorando ali do lado do caixão, a ruiva. Bonita ela, e deve ter a minha idade... Eu sempre quis uma namorada ruiva.
Minha mãe mandou colocar tudo dentro dos sacos. Livros, filmes, cartas, quadros. Havia até um brasão com duas espadas acima da lareira. Uma lareira, eu sempre quis
uma lareira!
Era um sobrado. No quarto havia uma sacada com plantas. Meu pai nunca quis ter plantas em casa, ele disse que faziam mal, porque elas só fazem fotossíntese de dia e à noite elas consomem oxigênio como nós. Chutei um pouco de terra e um caco daquele vaso para baixo antes que minha mãe visse.
A sua felicidade é a desgraça de outro. No criado-mudo, fotos dele com a ruiva e com uma menininha. Deve ser aquela que está ali. Ela é filha da ruiva, aposto que é filha dele.
Minha mãe já estava dando palpites de como redecorar a casa, disse que nos mudaríamos para lá. Para quê?! Casa de campo é para descansar, não para morar.
Ela mandou que eu tirasse os vasos da sacada. Ainda bem que pra levar era só um vaso grande. Olhei pela sacada e o carro importado estava lá embaixo, parado a três metros da porta da casa. Meu pai media 1,76.
Empacotamos tudo e descemos a escada. A segunda vida do meu pai estava toda lá, nos sacos. O vaso grande não era muito pesado. A adrenalina chega até a dobrar a força de uma pessoa, dependendo do caso. O vaso serviu.
Eu não poderia imaginar que todas as coisas da outra vida do meu pai pesariam mais do que o corpo dele. Quando dei com o vaso na cabeça dele, empurrei ele sacada abaixo e levei o corpo para o barranco atrás da casa, ele não estava tão pesado. Adrenalina.
Apesar de sempre querer um carro importado, eu não gostei muito daquele modelo. Mas minha mãe ficou bem nele. Nunca imaginei que ela pudesse chorar tanto. Sou o único
herdeiro da casa de campo com lareira e sacada.
Esse é o mundo real, a sua felicidade é a desgraça de outro. Agora vou deixar você com a sua mãe pra ela te dar a mamadeira, depois vou conversar com a ruiva. Talvez eu consiga alguma coisa.
:-)
Meu pai estava certo. Por muito tempo achei aquilo errado, exagerado, parcial demais.
"Esse é o mundo real..."
Estas palavras nunca saíram da minha cabeça. Há vinte anos elas ecoam em mim e corroem minhas idéias e meus atos. Mas no fim de tudo meu pai estava certo. Tentei ignorar o que ele me disse aquele dia depois do desenho animado. Quando cresci e entendi o que ele me disse, tentei esquecer aquele mundo que ele me descreveu. Impossível, não se pode fechar os olhos para a verdade. Ontem o corpo dele foi encontrado perto de uma casa em uma cidade do interior. A casa era dele.
Hoje de manhã eu e minha mãe fomos lá. Nos deram a chave, levaram o corpo para autópsia e foram embora. Minha mãe quis ver o corpo, mas não o tiraram de dentro do saco preto. Nem disseram nada. Já estava em decomposição.
Minha mãe, que sempre foi fria e nunca demonstrou muitas emoções, abriu a porta tremendo, mas mesmo assim não chorou. Uma casa arrumada, mobiliada e mais luxuosa do que a casa em que sempre moramos. Livros que nunca imaginei que meu pai leria, uma cama de casal maior do que a que havia em casa. Eu sempre quis uma casa de campo...
Meu pai estava certo. Depois eu percebi. Eu discordava, mas não há fuga.
"A sua felicidade é a desgraça de outro."
Seu lugar no time de futebol é o choro do outro garoto. O seu emprego é a fome do cara engraçado de topete que te ajudou antes da entrevista pra esse emprego. O aborto que sua namorada fez é o filho que alguém poderia cuidar.
Meu pai acertou em tudo. Eu o admirava.
Ele tinha duas vidas, duas famílias. É aquela vagabunda chorando ali do lado do caixão, a ruiva. Bonita ela, e deve ter a minha idade... Eu sempre quis uma namorada ruiva.
Minha mãe mandou colocar tudo dentro dos sacos. Livros, filmes, cartas, quadros. Havia até um brasão com duas espadas acima da lareira. Uma lareira, eu sempre quis
uma lareira!
Era um sobrado. No quarto havia uma sacada com plantas. Meu pai nunca quis ter plantas em casa, ele disse que faziam mal, porque elas só fazem fotossíntese de dia e à noite elas consomem oxigênio como nós. Chutei um pouco de terra e um caco daquele vaso para baixo antes que minha mãe visse.
A sua felicidade é a desgraça de outro. No criado-mudo, fotos dele com a ruiva e com uma menininha. Deve ser aquela que está ali. Ela é filha da ruiva, aposto que é filha dele.
Minha mãe já estava dando palpites de como redecorar a casa, disse que nos mudaríamos para lá. Para quê?! Casa de campo é para descansar, não para morar.
Ela mandou que eu tirasse os vasos da sacada. Ainda bem que pra levar era só um vaso grande. Olhei pela sacada e o carro importado estava lá embaixo, parado a três metros da porta da casa. Meu pai media 1,76.
Empacotamos tudo e descemos a escada. A segunda vida do meu pai estava toda lá, nos sacos. O vaso grande não era muito pesado. A adrenalina chega até a dobrar a força de uma pessoa, dependendo do caso. O vaso serviu.
Eu não poderia imaginar que todas as coisas da outra vida do meu pai pesariam mais do que o corpo dele. Quando dei com o vaso na cabeça dele, empurrei ele sacada abaixo e levei o corpo para o barranco atrás da casa, ele não estava tão pesado. Adrenalina.
Apesar de sempre querer um carro importado, eu não gostei muito daquele modelo. Mas minha mãe ficou bem nele. Nunca imaginei que ela pudesse chorar tanto. Sou o único
herdeiro da casa de campo com lareira e sacada.
Esse é o mundo real, a sua felicidade é a desgraça de outro. Agora vou deixar você com a sua mãe pra ela te dar a mamadeira, depois vou conversar com a ruiva. Talvez eu consiga alguma coisa.
21 de janeiro de 2005
Aula
Esse é outro escrito do nosso colaborador Fallen Angel! Leiam!
- Papai... É verdade que o mundo é grande? É igual o desenho que passa na TV?
- É, filho, é bem grande... E é diferente da TV. Aquele é brincadeira, e o que a gente vive é o mundo real...
- E esse mundo real é maior que o sítio do vovô?
- Bem maior, e você ainda tem muita coisa pra aprender sobre ele...
- Me ensina, papai? O que tem no mundo real?
- Vou falar algumas coisas que você ainda não vai entender, mas quando você crescer você entende...
- Pode falar, eu entendo! Eu já tenho sete anos!
- Sete anos... Quando eu tinha a sua idade, o mundo real era até o final do quarteirão onde eu morava, quando eu ia de bicicleta até a esquina e não podia atravessar a rua. Mas do outro lado da rua que estava o mundo real...
O que é o mundo real? É uma coisa bem diferente do ambiente protegido e seguro em que as crianças privilegiadas como você crescem. O mundo real...
Sabe, o mundo real é bem complicado e não é nada seguro! Você mata ou morre, é cobra comendo cobra. A regra de ouro do mundo real é: "Quem tem o ouro tem as regras..." E o lema da vida de todos no mundo real é: "Faça pros outros antes que eles façam pra você!". O mundo real é quando você joga futebol melhor, dribla melhor e chuta melhor, mas o outro menino consegue uma vaga no time porque você é de uma família pobre e o pai dele é rico e dizem que ele "tem mais garra"... Esse é o mundo real... O mundo real é onde o outro cara é promovido no emprego. Você tem um desempenho melhor e trabalha mais... Ninguém entende porque, mas seu chefe diz que você "pensa demais no trabalho"... Você não vai pro happy hour com seus colegas de trabalho pra se dedicar ao projeto da empresa, então você é deixado pra trás, pra algum outro pegar a promoção que era sua... O mundo real é onde uma viúva, mãe de três filhos que trabalha sozinha e cuida da casa, morre de câncer enquanto o vizinho vagabundo e preguiçoso esbanja saúde. O mundo real é onde um casal estéril quer desesperadamente ter um filho e reza todo dia "Deus, eu quero ter uma criança pra cuidar!", mas a secretária que trabalha no seu escritório fez cinco abortos em um ano. E ela ri disso, conta pras amigas e fica se gabando!
Esse é o mundo real!
- Papai... É verdade que o mundo é grande? É igual o desenho que passa na TV?
- É, filho, é bem grande... E é diferente da TV. Aquele é brincadeira, e o que a gente vive é o mundo real...
- E esse mundo real é maior que o sítio do vovô?
- Bem maior, e você ainda tem muita coisa pra aprender sobre ele...
- Me ensina, papai? O que tem no mundo real?
- Vou falar algumas coisas que você ainda não vai entender, mas quando você crescer você entende...
- Pode falar, eu entendo! Eu já tenho sete anos!
- Sete anos... Quando eu tinha a sua idade, o mundo real era até o final do quarteirão onde eu morava, quando eu ia de bicicleta até a esquina e não podia atravessar a rua. Mas do outro lado da rua que estava o mundo real...
O que é o mundo real? É uma coisa bem diferente do ambiente protegido e seguro em que as crianças privilegiadas como você crescem. O mundo real...
Sabe, o mundo real é bem complicado e não é nada seguro! Você mata ou morre, é cobra comendo cobra. A regra de ouro do mundo real é: "Quem tem o ouro tem as regras..." E o lema da vida de todos no mundo real é: "Faça pros outros antes que eles façam pra você!". O mundo real é quando você joga futebol melhor, dribla melhor e chuta melhor, mas o outro menino consegue uma vaga no time porque você é de uma família pobre e o pai dele é rico e dizem que ele "tem mais garra"... Esse é o mundo real... O mundo real é onde o outro cara é promovido no emprego. Você tem um desempenho melhor e trabalha mais... Ninguém entende porque, mas seu chefe diz que você "pensa demais no trabalho"... Você não vai pro happy hour com seus colegas de trabalho pra se dedicar ao projeto da empresa, então você é deixado pra trás, pra algum outro pegar a promoção que era sua... O mundo real é onde uma viúva, mãe de três filhos que trabalha sozinha e cuida da casa, morre de câncer enquanto o vizinho vagabundo e preguiçoso esbanja saúde. O mundo real é onde um casal estéril quer desesperadamente ter um filho e reza todo dia "Deus, eu quero ter uma criança pra cuidar!", mas a secretária que trabalha no seu escritório fez cinco abortos em um ano. E ela ri disso, conta pras amigas e fica se gabando!
Esse é o mundo real!
16 de janeiro de 2005
Gado
Este é um escrito do meu camaradinha Fallen Angel. Apreciem!
Quando você morrer, ninguém sentirá sua falta. O mundo vai continuar como sempre foi. Você é apenas gado, um monte de carne ambulante. Supondo que alguém estava comendo uma excelente pizza há pouco e, quando acabou, vamos supor que essa pessoa pudesse ter uma escolha a fazer: de um lado um outro pedaço de pizza e de outro lado a sua ínfima vida. Ela já estaria preocupada em arrumar garfo e faca.
Quando você morrer, ninguém sentirá sua falta. O mundo vai continuar como sempre foi. Você é apenas gado, um monte de carne ambulante. Supondo que alguém estava comendo uma excelente pizza há pouco e, quando acabou, vamos supor que essa pessoa pudesse ter uma escolha a fazer: de um lado um outro pedaço de pizza e de outro lado a sua ínfima vida. Ela já estaria preocupada em arrumar garfo e faca.
11 de janeiro de 2005
Mofo
Sinto que o clima por aqui anda ruim...
Sei lá! Eu olho pra este espaço... E o que eu vejo???
Idéias! Sim, mas... Velhas idéias! Idéias em decomposição! Idéias mofadas!
- Esse ambiente tá insuportável! Já tá até fedendo!
Parei de gritar... Mas é como se (só) o bafo tivesse ficado!
- Cheiro horrível!
Descobri que, nesse ambiente, eu não consigo ter idéias novas! É impossível!
- E eu achava que era por eu ser nostálgico...
Penso em mudar de ares... Algum lugar com uma atmosfera não muito diferente dessa...
Mas sem esse cheiro de mofo!
Sei lá! Eu olho pra este espaço... E o que eu vejo???
Idéias! Sim, mas... Velhas idéias! Idéias em decomposição! Idéias mofadas!
- Esse ambiente tá insuportável! Já tá até fedendo!
Parei de gritar... Mas é como se (só) o bafo tivesse ficado!
- Cheiro horrível!
Descobri que, nesse ambiente, eu não consigo ter idéias novas! É impossível!
- E eu achava que era por eu ser nostálgico...
Penso em mudar de ares... Algum lugar com uma atmosfera não muito diferente dessa...
Mas sem esse cheiro de mofo!
18 de dezembro de 2004
De que se alimenta um ser virtual?
De que se alimenta um ser virtual? Será que eu vou ter que levar suprimentos? Será que não vou ter problema com os outros habitantes de lá? Como devem ser os costumes de lá? Será que vou sofrer demais para me adaptar? Aaaaaaaaaaaaaah!!! Acho que estou pensando demais...
Será que eles pensam? Eles precisam pensar? Há tanta informação por lá... Nem precisam fazer tantos esforços pensando...
E como eles trabalham essas informações todas? O que eles constroem com elas? E o que eles destroem? Há destruição por lá? Quais seriam os impactos de uma destruição virtual? Os seres virtuais possuem essa tendência à destruição que tanto assola este mundo nosso? Eles sentem vontade ou necessidade?
Será que eles sentem? Será que eles agem? Como deve ser a ação de um ser virtual? E como deve ser a reação? Há reação? Há sentimento? Não sei...
Mesmo com tantas dúvidas, queria ir para este mundo virtual... Definitivamente! Esse negócio de viver em dois mundos já tá me cansando... E, como nesse mundo real, eu me sinto tão infeliz...
Seres virtuais são felizes? Ou são indiferentes à felicidade? Eles sabem o que é felicidade? Que diferença isso faz? E eu lá sei?!?!?
Afinal, o que são os seres virtuais? Quem os criou? Eles possuem vida própria? Então, por que eu me sinto mais vivo no mundo virtual?!?!? Por que minha vida virtual não é uma cópia fiel da minha vida real?!?!?
É por isso que estou de mudança! Quero ir definitivamente para o mundo virtual! Quero ser apenas um ser virtual! Eu, como ser virtual, tenho mais informação, mais conteúdo, mais diversão, mais amigos... Mais vida! Sinto que poderia ser feliz vivendo definitivamente no mundo virtual!
Sim! Vou-me embora para o mundo virtual! Só preciso de uma resposta... A resposta a uma pergunta que não é nenhuma das que eu listei até agora... Só preciso saber...
Posso viver no mundo virtual sem viver no mundo real?
Será que eles pensam? Eles precisam pensar? Há tanta informação por lá... Nem precisam fazer tantos esforços pensando...
E como eles trabalham essas informações todas? O que eles constroem com elas? E o que eles destroem? Há destruição por lá? Quais seriam os impactos de uma destruição virtual? Os seres virtuais possuem essa tendência à destruição que tanto assola este mundo nosso? Eles sentem vontade ou necessidade?
Será que eles sentem? Será que eles agem? Como deve ser a ação de um ser virtual? E como deve ser a reação? Há reação? Há sentimento? Não sei...
Mesmo com tantas dúvidas, queria ir para este mundo virtual... Definitivamente! Esse negócio de viver em dois mundos já tá me cansando... E, como nesse mundo real, eu me sinto tão infeliz...
Seres virtuais são felizes? Ou são indiferentes à felicidade? Eles sabem o que é felicidade? Que diferença isso faz? E eu lá sei?!?!?
Afinal, o que são os seres virtuais? Quem os criou? Eles possuem vida própria? Então, por que eu me sinto mais vivo no mundo virtual?!?!? Por que minha vida virtual não é uma cópia fiel da minha vida real?!?!?
É por isso que estou de mudança! Quero ir definitivamente para o mundo virtual! Quero ser apenas um ser virtual! Eu, como ser virtual, tenho mais informação, mais conteúdo, mais diversão, mais amigos... Mais vida! Sinto que poderia ser feliz vivendo definitivamente no mundo virtual!
Sim! Vou-me embora para o mundo virtual! Só preciso de uma resposta... A resposta a uma pergunta que não é nenhuma das que eu listei até agora... Só preciso saber...
Posso viver no mundo virtual sem viver no mundo real?
14 de dezembro de 2004
Vegas
Bem... Aqui está!
Pontos?!?!?!? Defini a vida como um jogo, sim! Um jogo de cartas! Um jogo de azar!
E agora, vocês vêm me falar de pontos?!?!?!? E vocês acham que ganham alguma coisa? Vocês acham mesmo que vão ganhar alguma coisa nesse jogo? Não vão me dizer que vocês entraram nesse jogo porque prometeram algum prêmio ou coisa assim...
- Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha...
Eu nem ouvi falar de prêmio algum e já estava nesse jogo! Eu não escolhi entrar nesse jogo! Nem vocês! E ainda querem pontos?!?!? Querem prêmios?!?!?!? Nem o espermatozóide que os colocaram nesse jogo teve prêmio... A não ser que vocês se considerem prêmio desse espermatozóide... Eu não me considero!
Vocês, agora, podem achar que ganharão alguma recompensa... Podem achar que sofrem, que perdem suas apostas, que caem nos blefes, mas que é só agora; porque, depois, revertem a situação, porque alguém reverterá essa situação... Ledo engano! Se vocês não puderem contar com vocês mesmos, irão perder... E mesmo quando estiverem ganhando, poderão perder!
Uma hora ou outra, vocês vão sair desse jogo! Sem saber se ganharam ou perderam... Gameover! Nem isso! Nem vão saber quando o jogo terminar... Mas quem continua no jogo vai saber... Alguns vão perder muito com isso... Alguns vão ganhar... Até saírem do jogo!
O que ninguém entendeu é que, nesse jogo, só a banca ganha...
Agora é hora
De alegria
Vamos sorrir e cantar
Do mundo não se leva nada
Vamos sorrir e cantar
Lá lá lalá...
Lá lá lalá...
Lá lá lálá lá lá lalalalá...
Pontos?!?!?!? Defini a vida como um jogo, sim! Um jogo de cartas! Um jogo de azar!
E agora, vocês vêm me falar de pontos?!?!?!? E vocês acham que ganham alguma coisa? Vocês acham mesmo que vão ganhar alguma coisa nesse jogo? Não vão me dizer que vocês entraram nesse jogo porque prometeram algum prêmio ou coisa assim...
- Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha...
Eu nem ouvi falar de prêmio algum e já estava nesse jogo! Eu não escolhi entrar nesse jogo! Nem vocês! E ainda querem pontos?!?!? Querem prêmios?!?!?!? Nem o espermatozóide que os colocaram nesse jogo teve prêmio... A não ser que vocês se considerem prêmio desse espermatozóide... Eu não me considero!
Vocês, agora, podem achar que ganharão alguma recompensa... Podem achar que sofrem, que perdem suas apostas, que caem nos blefes, mas que é só agora; porque, depois, revertem a situação, porque alguém reverterá essa situação... Ledo engano! Se vocês não puderem contar com vocês mesmos, irão perder... E mesmo quando estiverem ganhando, poderão perder!
Uma hora ou outra, vocês vão sair desse jogo! Sem saber se ganharam ou perderam... Gameover! Nem isso! Nem vão saber quando o jogo terminar... Mas quem continua no jogo vai saber... Alguns vão perder muito com isso... Alguns vão ganhar... Até saírem do jogo!
O que ninguém entendeu é que, nesse jogo, só a banca ganha...
Agora é hora
De alegria
Vamos sorrir e cantar
Do mundo não se leva nada
Vamos sorrir e cantar
Lá lá lalá...
Lá lá lalá...
Lá lá lálá lá lá lalalalá...
17 de outubro de 2004
Regras, controle e o querer
Afinal, o que você quer?! Hein?!
É horrível, às vezes, sentir que não se tem o controle, não é mesmo? Mas só às vezes... Eu, por exemplo, gostava de pensar que tinha o controle sobre mim mesmo... Mas faz 1 tempinho que venho perdendo esse controle... E, às vezes, sinto vontade de sentir que tenho esse controle...
E pra quê??? Pra que eu preciso ter o controle sobre as minhas emoções??? Pra quê??? Pra me sentir capaz de controlar, só isso!!! Única e exclusivamente pra me sentir capaz de controlar...
Controlar quem??? Qualquer um!!! Quem eu quiser!!! É isso que todo ser
humano quer!!! Não adianta negar!!! Até vc quer isso!!! E é por isso que o povo se descabela ao perceber que não consegue controlar nem a si próprio!!!
E é por isso que as regras existem! Para tornar-nos previsíveis, fáceis de controlar...
Acredite! Apesar de eu estar falando tudo isso de regras, não sou do tipo que acha que "regras nasceram pra serem quebradas", mas para serem seguidas! O problema é que eu não consigo seguir certas regras... Há algum tempo, vejo que não sigo nem as regras que eu tinha definido pra mim... Assim como - parece que - acontece c/ vc! É como se tudo o que eu tivesse planejado cuidadosamente caísse por terra! Volta-e-meia, percebo que estou deixando muitas "regras" minhas de lado...
E por quê??? Por que deixo essas "regras" de lado??? Porque, se eu ficar fazendo sempre as mesmas coisas, dando os mesmos passos, baseados nas mesmas regras... Me privo de conhecer mais coisas/pessoas, me privo de experimentar mais sensações, me privo de ampliar meus horizontes, me privo de sair da mesmice - ou da situação atual, que parece nunca ser boa -, me privo de fazer trocentas coisas que tenho vontade de fazer, que eu quero fazer...
No fim, é isso! Mais do que certo VS errado, ou possível VS impossível, ou razão VS sentimento... É o querer VS não-querer! Todos os outros giram em torno do querer!
Afinal, certo é tudo que vc faz pra ter o que vc quer!
Afinal, tudo é possível; basta querer! Só de vc querer, já se torna possível!
Afinal, tanto razão quanto sentimento - que não são 2 coisas opostas, como as outras citadas; razão só é oposta ao sentimento se vc quiser - também só significam alguma coisa graças ao querer!
Vc usa a razão pra conseguir o que quer! (Se vc não a usa p/ isso, pra quê vc a usa?) E sentimento... É o querer em si! O querer vai te despertar o
sentimento!
O negócio é o seguinte... Faça o que você quiser! Não tem essa de certo ou errado, possível ou impossível, que quer que seja! Faça o que quiser! Querer é tudo que vc precisa! Não há melhor justificativa pra qualquer atitude! Querer! Isso basta!
(Sem querer, eu descobri isso...)
É horrível, às vezes, sentir que não se tem o controle, não é mesmo? Mas só às vezes... Eu, por exemplo, gostava de pensar que tinha o controle sobre mim mesmo... Mas faz 1 tempinho que venho perdendo esse controle... E, às vezes, sinto vontade de sentir que tenho esse controle...
E pra quê??? Pra que eu preciso ter o controle sobre as minhas emoções??? Pra quê??? Pra me sentir capaz de controlar, só isso!!! Única e exclusivamente pra me sentir capaz de controlar...
Controlar quem??? Qualquer um!!! Quem eu quiser!!! É isso que todo ser
humano quer!!! Não adianta negar!!! Até vc quer isso!!! E é por isso que o povo se descabela ao perceber que não consegue controlar nem a si próprio!!!
E é por isso que as regras existem! Para tornar-nos previsíveis, fáceis de controlar...
Acredite! Apesar de eu estar falando tudo isso de regras, não sou do tipo que acha que "regras nasceram pra serem quebradas", mas para serem seguidas! O problema é que eu não consigo seguir certas regras... Há algum tempo, vejo que não sigo nem as regras que eu tinha definido pra mim... Assim como - parece que - acontece c/ vc! É como se tudo o que eu tivesse planejado cuidadosamente caísse por terra! Volta-e-meia, percebo que estou deixando muitas "regras" minhas de lado...
E por quê??? Por que deixo essas "regras" de lado??? Porque, se eu ficar fazendo sempre as mesmas coisas, dando os mesmos passos, baseados nas mesmas regras... Me privo de conhecer mais coisas/pessoas, me privo de experimentar mais sensações, me privo de ampliar meus horizontes, me privo de sair da mesmice - ou da situação atual, que parece nunca ser boa -, me privo de fazer trocentas coisas que tenho vontade de fazer, que eu quero fazer...
No fim, é isso! Mais do que certo VS errado, ou possível VS impossível, ou razão VS sentimento... É o querer VS não-querer! Todos os outros giram em torno do querer!
Afinal, certo é tudo que vc faz pra ter o que vc quer!
Afinal, tudo é possível; basta querer! Só de vc querer, já se torna possível!
Afinal, tanto razão quanto sentimento - que não são 2 coisas opostas, como as outras citadas; razão só é oposta ao sentimento se vc quiser - também só significam alguma coisa graças ao querer!
Vc usa a razão pra conseguir o que quer! (Se vc não a usa p/ isso, pra quê vc a usa?) E sentimento... É o querer em si! O querer vai te despertar o
sentimento!
O negócio é o seguinte... Faça o que você quiser! Não tem essa de certo ou errado, possível ou impossível, que quer que seja! Faça o que quiser! Querer é tudo que vc precisa! Não há melhor justificativa pra qualquer atitude! Querer! Isso basta!
(Sem querer, eu descobri isso...)
Assinar:
Postagens (Atom)