18 de fevereiro de 2010

lancei âncora
cheio de medo
neste mar nebuloso
de incertezas

sinto o cheiro da ausência tua

já não há vento que me leve
- só um cruel mormaço
que me acompanha desde o cais

e já não há peixes
nem sereias
neste mar
que possam cair
em meu anzol nu

e já não há
mais forças para remar

e já não há
lugar aonde ir

e esse horizonte
que me é sempre tão
igual...

vejo a esperança se perder
com o sol

enquanto esmoreço

3 comentários:

  1. Já não há tempo que resgate
    e não há hora que não passe...

    O relógio pode até parar
    sem corda
    mas o movimento terrestre em torno do sol
    é o que me aquece as ideias
    _o que sobrou delas_
    a saber
    vou sobreviver
    enquanto respiro ainda você
    até esquecer que um dia
    existiu e viver
    avatar...



    eu? na fila do gargarejo aplaudindo o renascer.

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  2. absurdado, o mar inteiro evaporou!

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  3. O cheiro da ausência dói mais que a solidão. abraço

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