23 de outubro de 2005

Marina ( ou Costureira )

É flecha, é flecha e não agulha
o que ela usa no trabalho,
a nova Aracne do amor, aquela por quem suspiro!
Porque, enquanto ela enfeita e trabalha aquele tecido,
meu coração com mil pontas sofre, sangra e grita ferido.
Coitado! E aquele vago
fio sangüíneo que a mão da minha amada tira,
corta, emenda, puxa, torce e gira
é o fio da minha vida.

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