- Para onde foram as minhas idéias? Elas cismam em fugir de mim quando me aproximo delas... Fugiram! E, dessa vez, levaram o jardim consigo!
- E como isso pode acontecer? As borboletas levando o jardim? Loucura!
- É, eu sei, caro amigo... Mas levaram! O jardim sumiu! As borboletas o levaram! Levaram tudo! Tudo! [Chuinf...]
- Ora, meu caro, caríssimo amigo... As borboletas só seguem o perfume das flores... Pense nisso!
- Hum...
- ...
- A não ser que...
- ???
- Sim!
- ?!?!?!
- Não!
- !?!?!?
- Oh, merda! O jardim fugiu com elas!
- [Tsc, tsc, tsc...] Oras! Mas essa idéia é mais absurda que a primeira!
- O jardim fugiu de mim!!! [Buáááááááááááááá...] E levou as borboletas consigo!!! [Buááááááááááááá...]
- Calma, meu caro amigo...
- Mas... E o meu jardim?
- Pare e pense! O jardim não fugiu! Foi você quem mudou o seu jardim de lugar!
- Eeeeeeeeeeeeeeeu??? Essa idéia, sim, é absurda!!! Como é que eeeeeeeeeeeeeeeu poderia ter mudado o jardim de lugar e não saber onde está???
- Pois foi você quem mudou o jardim de lugar, sim! E foi você quem espantou suas próprias idéias!
- Oras...
- Acalme-se, meu caro amigo! Saiba: as idéias não nos fogem; nós é que as expulsamos! Consciente ou inconscientemente! (Mas aí, só dr. Freud explica...)
- Mas... E o jardim? E as borboletas?
- É que você tá olhando pra cima, pro céu, procurando as borbotetas ainda! O jardim tá bem aí, debaixo dos teus pés!
- Caramba!!! Tô pisoteando todo o jardim!!!
- Tá vendo? Basta olhar pra direção certa.
- Mas... E as borboletas???
- As borboletas se espalharam! E só voltarão quando sentirem que nada lhes acontecerá de mal neste lugar!
- !
- Mate os dragões que as dissipam!
- Dragões?!?!?!?! Onde?!?!?!?!
- Ali, na caverna...
(continua...)
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