14 de janeiro de 2008

Azul-petróleo

Depois de uma bela terça-feira bebendo com alguns amigos... Saiu isso aqui da galera, ó:


  Todas as pessoas são azuis?

  Mas... Como?
  Serão mesmo?
    Eu sinto uma cor... A cara de outra... A moeda perdida em meras mesas palavriais, mordiscadas, sem mitos, é água de reuso... Tome-a, liquide-se sobre goles distintos, incomparáveis em teu copo cheio de espumas linguais.

Eu não sei,
eu não me importo
Bêbados são bêbados
em qualquer lugar
Que sejam cães azuis
ou perequitos verdes
Que seja, outro copo,
cerveja
É tudo mijo amarelo
Mijo, mijo mesmo!
Mijo, fezes...
      marrom...
Tudo o que fazemos
Para que nascemos?
Para nos fodermos
E os cães são tão azuis
quanto as violetas?
Não sei. Talvez haja pus
nas feridas e borboletas.
Feridas atendidas pelo SUS
Ardentes como cometas
E eu tô com um
soluço que é
FODA!

12 comentários:

  1. Quem deu o título?

    Acho que podia ter terminado em algum verso antes do fim... Mas valeu a poesia da farra do momento! Repitamos!

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  2. Pergunta: tava alto quando escreveu esse? :)

    Adorei a estrofe sobre nascer pra nos foder

    beber aguá bem rapido resolve o problema do soluço (ou foi apenas alusão de que vc realmente estava alto??)

    :)

    PS - me ensina a fazer com que os comentários apareçam junto com o post que nem no seu blog
    :)

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  3. Elaine,

    O título e o primeiro verso foi tudo que eu dei pra este poema. O restante já nem sei quem colocou...

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  4. LúciDo,

    Não só eu, mas todos os que escreveram este poema!

    Ah! Quando eu tiver tempo, te envio por email como se faz, blz?

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  5. Olá Sr. J.F. de Souza, obrigada pela visita no meu blog. Dispenso o Srta! Não faz muito o meu gênero... ;)

    Bêbados, loucos e gênios... são todos muito parecidos!

    Tb gostei da parte:
    "Para que nascemos?
    Para nos fodermos"


    beijos e até mais

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  6. É amigo, parece que nessas horas as veias artísticas não só pulam como expelem os sentimentos antes de a gente entender o que eles estavam querendo ser...ahuahuahhua...mas, quem precisa ser entendido o tempo todo ? Ou seja, cerveja. Beijos.

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  7. esse é o Jefferson que eu gosto de ler: sem papas-na-língua! o Jefferson que abraça as verdades mais ébrias desta existência cambaleante. adorei!
    um abraço!

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  8. ora, puxa.
    adoro a antropologia dos comentários :P

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  9. "pus nas... borboletas" é, definitivamente, um achado!!

    "ardentes como cometas" é obviedade, mas que não cansa e é boa de ouvir!

    Li um trecho com uma palavra que só minha cabeça lia e só depois percebi que era outra (vou roubar a metáfora inspirada pra mim!!)

    "em teu copo cheio de espuma", por algum motivo, eu li "em teu corpo cheio de espuma" - roubei minha burrice de leitura de vc!!! Agora o "corpo cheio de espuma" é meu" rsrs

    Abs,
    REMO.

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  10. O que é isso? Acho que não me fiz ser entendido.

    Eu só te elogiei aí em cima.

    O que talvez tenha ficado nublado pra vc eu vou tentar ser mais específico agora.

    Quando disse que "roubei minha burrice de leitura de vc" eu me referia ao fato de que fui burro ao ler uma palavra trocada, só na minha cabeça, num texto seu ao qual só elogiei!

    Eu poderia ler uma palavra errada num texto do Drummond e falar que roubei minha burrice de leitura do Drummond (do texto do Drummond). O oeta personifica sua obra. Eu leio Drummond, leio Jardim, leio Jeferson, sacou?

    A burrice de leitura (que interpreto como um olhar poético que busca novas significações, ou simplesmente é um problema de vista) é inerente a mim! Portanto, toda vez que leio um texto e pesco uma palavra errada (como no caso, em que li "corpo" em vez de "copo"), eu roubo a minha burrice que fica lá num cantinho, isolada, esperando ser capturda de novo. E quem me proporciona isto é a leitura, no caso, o seu texto, que me deu uma nova burrice de leitura que acabou me presenteando com uma metáfora (por isso a vejo de forma positiva, porque costumeiramente brotam coisas interessantes).

    Interpreto isso como um olhar seletivo criativo, afinal, nossa escrita deriva de nossa bagagem de leitura. Ao ler, eu já estou alimentando de inspiração, experiência e matéria-prima meu arcabouço de leituras. Por algum motivo, muito inconsciente, ao ler meu cérebro já vai criando (daí surge o que chamo, enfim, de burrice de leitura, com muito bom humor).

    Ninguém quer ser chamado de burro, mas quando acontece essa falha de leitura, meu cérebro se aproveita de um texto e rouba a burrice, essa musa invertida minha, que renego, de seu pedestal do des-olimpo.

    Será que me fiz entendido agora??

    Bom, espero que sim.

    Acho-o um grande poeta, gosto muito dos seus textos e me diverti muito neste aqui. Em nenhum momento tive intenção de ofendê-lo.

    Mas, pelo imbróglio interpretativo, peço desculpas!


    Abs,
    REMO.

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  11. aoaaaaaaa!
    IaÊ hermanooo!
    firmaaaaa!
    muito boa essas palavras bebadas!
    e que porra é eesa aÊ manuu!
    rsrsrskkkkkkkk
    manda ele postar no teu blog.
    hahahahaha
    EscúchamePorra!
    hahahhaa
    ehhhh noisssss!

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